VOCÊ SABIA

Do manuscrito ao livro digital  

O livro no formato que conhecemos hoje originou-se dos chamados códices, que correspondiam aos manuscritos que eram encadernados. Esse formato substituiu gradativamente aos rolos de papiro e pergaminho, pela praticidade de escrita (frente e verso da página) e pela facilidade da leitura (por páginas). Os manuscritos como o próprio nome indica eram feitos à mão, ou seja, primeiramente era feito um exemplar deste livro e os demais eram cópias deste primeiro exemplar. As ilustrações destes manuscritos também eram confeccionadas à mão e tinham o nome de iluminuras, pois, como se acreditava na época “iluminariam” o conteúdo do texto aos leigos, pois na idade média por exemplo, poucos são os cidadão que sabem ler.

Livro de Horas: manuscrito iluminado
Com o surgimento das universidades no séc. XII houve uma maior demanda por livros e com isso as xilogravuras (entalhe na madeira como um carimbo) foram adotadas como método de ilustração, pois permitiam a impressão de várias cópias de um mesmo desenho. No séc. XV uma alemão chamado Johannes Gutemberg inventou os tipos móveis de metal, que consistiam em letrinhas de metal que podiam ser agrupadas formando frases que seriam impressas e depois poderiam ser reaproveitadas para a impressão de outro texto qualquer. Desta forma, podia-se imprimir vários exemplares de um mesmo livro mecanicamente, sendo o primeiro representante dos livros impresso a bíblia impressa por Gutemberg em 1455.

Tipos móveis
 Do primeiro livro impresso até o final do séc. XV todos são chamados de incunábulos, pois trazem características de impressão adquiridas dos manuscritos, como ausência da folha de rosto (que trás todas as informações do livro, como título, autor, lugar de impressão, etc.), escrita em distribuídas em duas colunas, muita abreviação de palavras, etc. Após o século XV os livros perdem algumas dessas características e são produzidos até o séc. XVIII quase que da mesma forma, ou seja, em tipos móveis, papel produzido artesanalmente e gravuras como ilustração. Os métodos de gravuras vão se modificando com o passar dos anos, a xilogravura que tinha como característica o entalhe na madeira é substituída pelas calcogravuras, que usam o metal como base, que posteriormente seriam substituídas pela litografia que usa como base uma pedra calcária permitindo um desenho mais próximo da realidade.

Xilogravura
Após o séc. XVIII o papel passa ser industrializado, as ilustrações vêm da fotografia e a impressão passa a ser offset (método usado ainda hoje). Com a evolução da tecnologia começaram a surgir também livros digitais e hoje vivenciamos uma explosão de venda dos chamados tablets e dos e-readers em que uma das funções é a leitura destes livros tecnológicos.



O Surgimento da escrita 

Você já pensou como seria sua vida se a escrita não existisse? A escrita está em tudo que fazemos, nas conversas pela internet, na pesquisa para a escola, nas compras no shopping, etc. Os primórdios da escrita sem dúvida são as “pinturas rupestres”, aquelas em que os homens registravam, nas cavernas onde moravam, os acontecimentos de seu cotidiano através de desenhos.

Pinturas Rupestres
A necessidade de registrar as tarefas diárias, principalmente as comerciais estimularam o desenvolvimento da escrita. A princípio, o desenho dos objetos deram origem aos ideogramas, ou seja, o desenho de um pássaro poderia representar o conceito de ave. Contudo, este mesmo pássaro desenhado, além de simbolizar uma ave, também poderia trazer o sentido de voar, portanto, para representar o mínimo de conceitos os símbolos foram tornado-se mais abstratos à medida que a escrita evoluía.

Hieróglifos Egípcios
Com o tempo os símbolos passaram a representar os sons, ou seja, sempre a um mesmo som usava-se o mesmo símbolo até chegar ao sistema que adotamos hoje, a escrita alfabética, onde cada som isolado possui uma representação gráfica, as letras. Hoje somos capazes de anotar nossas idéias, de escrever um e-mail e de escrever um livro graças ao processo de invenção e transformação da escrita que começou aproximadamente há seis mil anos.



 Livros em leilão

Quanto você já gastou na compra de um livro? Nada? Pois saiba que tem pessoas dispostas a pagar uma fortuna por um único exemplar. Um livro pode trazer ilustrações belíssimas de um artista famoso, como no caso do Memórias Pósthumas de Brás Cubas ilustrado por Cândido Portinari.

Ilustração de Portinari
O livro também pode trazer idéias que revolucionaram o pensamento humano, como a primeira edição da Origem das Espécies do Darwin. Ou simplesmente uma encadernação em pedras preciosas, como acontecia com as edições bizantinas que tinham como meta valorizar a palavra divina.

Encadernação Bizantina
Abaixo segue a listagem dos livros mais caros já vendidos:
Livro - 1- Codex Hammer (Códice de Leicester)
Autor - Leonardo da Vinci
Data estimada - entre 1506 e 1510
Preço - 30,8 milhões de dólares

Livro - 2- The Gospels of Henry the Lion
Autor - Henrique, o Leão
Data estimada - 1173 ou 1175
Preço - 14,6 milhões de dólares

Livro - 3- The Rothschild Prayer Book
Autor - vários
Data estimada - por volta de 1505
Preço - 13,4 milhões de dólares

Livro - 4- The Birds of America
Autor - John James Audubon
Data estimada - entre 1827 e 1838
Preço - 8,8 milhões de dólares

Livro - 5- The Canterbury Tales (Contos de Cantuária)
Autor - Geoffrey Chaucer
Data estimada - 1476 ou 1477
Preço - 7,5 milhões de dólares
Informação retirada da Revista Mundo Estranho (colocar hiperlink: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-o-livro-mais-caro-do-mundo)